O Inmetro busca posicionar-se como um ator importante na integração entre o governo e as indústrias de ponta, a exemplo do que ocorre nos Estados Unidos com o NIST (órgão de metrologia americano) que tem forte atuação e cooperação junto ao setor produtivo. Focado neste objetivo, o presidente João Jornada e os diretores do Inmetro receberam, no campus de Xerém, uma comitiva com diretores da Fiat. O encontro ocorreu no dia 26 de março e discutiu temas de extrema importância como: o PBE veicular e a demanda para inclusão de caminhões no programa, os investimentos do Inmetro para a construção do centro automotivo, com destaque para a pista de crash test, e a importância do setor para a economia brasileira.

O diretor Mundial de Manufatura da Fiat, Stefan Ketter, iniciou o encontro dizendo que estava ansioso para a reunião, pois já havia ouvido falar muito sobre o Instituto. Ketter apresentou o projeto Pernambuco, que prevê não só o funcionamento de uma enorme fábrica da Fiat (que utiliza as melhores práticas do grupo), como também um parque de investidores. “Nosso objetivo é construir carros de aceitação global e ser referência mundial. Queremos produzir automóveis que possam ser exportados a qualquer momento. Por isso, precisamos que o Brasil não fique voltado apenas para o mercado nacional e comece a exportar produtos de qualidade”, explica o diretor.

Dirigentes da Fiat participaram de reunião com o corpo diretor do Inmetro antes da visita aos laboratórios

Este discurso está alinhado com os objetivos do Inmetro e com direcionamento do MDIC, que busca estimular a exportação. “Não temos que ter uma indústria voltada apenas para o mercado nacional, mas com foco global. Precisamos pensar e trabalhar, da mesma forma que ocorre no campo da ciência, não há uma ciência brasileira, ela sempre é internacional”, reforçou o presidente Jornada ao afirmar que o discurso da Fiat soava como “música aos seus ouvidos”, devido à convergência dos objetivos.

Ao final da reunião, o sentimento era de entusiasmo, de ambas as partes. A ideia é que as conversas entre Fiat e Inmetro evoluam e resultem em trocas de experiências e de conhecimento que concorram para o crescimento da indústria nacional. “Hoje o Inmetro é uma instituição de nível global, com cerca de 250 doutores e com representatividade nos conselhos dos principais fóruns internacionais. Sem dúvida poderemos contribuir e também aprender muito com esta parceria”, afirma Jornada.